EQUADOR
Palabras de otoño (Medardo Ángel Silva)
A Miguel Ángel Barona
Guárdate tus sonrisas: mi corazón hastiado
como fruto en sazón, a la tierra se inclina;
la senda ha sido larga, amiga; estoy cansado
y quisiera gozar de mi hora vespertina.
Odio aquellos amores de folletín: mi herida
no mendiga limosnas de piedades ajenas;
yo tengo una tragedia y se llama Mi Vida;
para escribirla usé la sangre de mis venas.
Mi otoño anticipado me vuelve reflexivo;
me encuentras casi triste, sereno, pensativo,
no siento las delicias del flirt, es la verdad.
Mi espíritu se orienta hacia la eterna aurora,
hasta que la clepsidra de Dios anuncie la hora
de ser con mi señor para la eternidad.
***
FRANÇA
CANÇÃO DO OUTONO (Paul Verlaine)
Tradução: Alphonsus de Guimaraens
Os soluços graves
Dos violinos suaves
Do outono
Ferem a minh'alma
Num langor de calma
E sono.
Sufocado, em ânsia,
Ai! quando à distância
Soa a hora,
Meu peito magoado
Relembra o passado
E chora.
Daqui, dali, pelo
Vento em atropelo
Seguido,
Vou de porta em porta,
Como a folha morta
Batido...
Tradução: Alphonsus de Guimaraens
Os soluços graves
Dos violinos suaves
Do outono
Ferem a minh'alma
Num langor de calma
E sono.
Sufocado, em ânsia,
Ai! quando à distância
Soa a hora,
Meu peito magoado
Relembra o passado
E chora.
Daqui, dali, pelo
Vento em atropelo
Seguido,
Vou de porta em porta,
Como a folha morta
Batido...
CANÇÃO DO OUTONO
Tradução: Onestaldo de Pennafort
Os longos sons
dos violões,
pelo outono,
me enchem de dor
e de um langor
de abandono.
E choro, quando
ouço, ofegando,
bater a hora,
lembrando os dias,
e as alegrias
e ais de outrora.
E vou-me ao vento
que, num tormento,
me transporta
de cá pra lá,
como faz à
folha morta.
Tradução: Onestaldo de Pennafort
Os longos sons
dos violões,
pelo outono,
me enchem de dor
e de um langor
de abandono.
E choro, quando
ouço, ofegando,
bater a hora,
lembrando os dias,
e as alegrias
e ais de outrora.
E vou-me ao vento
que, num tormento,
me transporta
de cá pra lá,
como faz à
folha morta.
CANÇÃO DE OUTONO
Tradução: Guilherme de Almeida
Estes lamentos
Dos violões lentos
Do outono
Enchem minha alma
De uma onda calma
De sono.
E soluçando,
Pálido, quando
Soa a hora,
Recordo todos
Os dias doidos
De outrora.
E vou à toa
No ar mau que voa.
Que importa?
Vou pela vida,
Folha caída
E morta.
Tradução: Guilherme de Almeida
Estes lamentos
Dos violões lentos
Do outono
Enchem minha alma
De uma onda calma
De sono.
E soluçando,
Pálido, quando
Soa a hora,
Recordo todos
Os dias doidos
De outrora.
E vou à toa
No ar mau que voa.
Que importa?
Vou pela vida,
Folha caída
E morta.
CANÇÃO DE OUTONO
Tradução: Paulo Mendes Campos
Os longos trinos
Dos violinos
Do outono
Ferem minh'alma
Com uma calma
Que dá sono.
Ao ressoar
A hora, alvar,
Sufocado,
Choro os errantes
Dias distantes
Do passado.
E em remoinho,
O ar daninho
Me transporta
De cá pra lá,
De lá pra cá,
Folha morta.
Tradução: Paulo Mendes Campos
Os longos trinos
Dos violinos
Do outono
Ferem minh'alma
Com uma calma
Que dá sono.
Ao ressoar
A hora, alvar,
Sufocado,
Choro os errantes
Dias distantes
Do passado.
E em remoinho,
O ar daninho
Me transporta
De cá pra lá,
De lá pra cá,
Folha morta.
CANÇÃO DE OUTONO
Tradução: Nelson Ascher
Violinos com
seu choro assom-
bram o outono
e eu, corpo mor-
to de torpor,
me abandono.
Quase sem ar,
desmaio ao soar
da hora enquanto,
lembrando em vão
os dias de então,
caio em pranto.
E o vento cruel
leva-me ao léu
pouco importa
aonde, em vaivém,
vago que nem
folha morta.
Tradução: Nelson Ascher
Violinos com
seu choro assom-
bram o outono
e eu, corpo mor-
to de torpor,
me abandono.
Quase sem ar,
desmaio ao soar
da hora enquanto,
lembrando em vão
os dias de então,
caio em pranto.
E o vento cruel
leva-me ao léu
pouco importa
aonde, em vaivém,
vago que nem
folha morta.
Fonte: http://www.algumapoesia.com.br/poesia3/poesianet312.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário