quinta-feira, 25 de julho de 2013

Rotinas


reviso o céu na poça d'água
as bordas de prédio fazem cócega na leveza das pombas
a multidão esbarra no intuito dos jardins
o vestido esvoaça na praça dos pensamentos mas desiste

um sonho enviesado cruza a semana
cruzamento da primeira avenida com tua secreta lágrima
o inesperado invade os silêncios sem paradas de emergência
quem parou no centro da cidade?

giro sobre os calcanhares da espera
um poste me consola
e uma sombra derruba sobre mim suas intermitências.





Em parceria com Paulo Ortiz
(http://adiferencadofogo.blogspot.com.br/)




(09072013)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

TRADUÇÃO


AO FINAL

Dos olhos dos poetas
saltam vermes que assustam os deuses,
as lágrimas atracam no fel da loucura
e o centro da terra escuta cada palavra.
O que é um poeta senão uma hidra
disposta a envenenar-nos o sonho banal
desse troço chamado vida?
 

Tradução: Jeanine Will




AL FINAL 


De los ojos de los poetas
saltan gusanos que asustan a los dioses,
las lágrimas atracan en la hiel de la locura
y el centro de la tierra escucha cada palabra.
¡Qué es un poeta sino una hidra
dispuesta a envenenarnos el sueño banal
de esto llamado vida?

(Poema de Samuel López Suárez)
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