quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Noite para um poema



tua voz me enche de tonturas
recaio sobre a tua camisa
leio as sinopses do teu corpo

meus olhos astros desorientados
meus lábios ancoradouro de lírios
e meu pássaro que não me condena

teu olhar me desabotoa
desdobro teus papéis no escuro
            no códice do teu peito me enleio te afago
            no cálice do meu leito te estreito me afogo

lá onde o mar incita as vagas:
te quero com todos os meus navios
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