terça-feira, 24 de maio de 2016

Continuação da noite sem você



num curto espaço

nos encontramos

ao longo do vento

nos adivinhamos

em sílabas ainda

o mundo soletrado

com calma e cuidado



mas a haste do tempo entorta

e nos percebemos frágeis

seres de mãos duras demais

o mundo gira torto

em torno do meu pescoço

no meu corpo, no seu corpo: arestas

e agora esse silêncio que não presta


19122011 & 02022012
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