terça-feira, 16 de abril de 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

Soletrar o invisível

um silêncio pende do meu lábio
prestes a desabar
há uma delicada ruína lilás
horizonte adentro
e as minhas mãos
que te soltaram para sempre
se colam à aurora
na violência das redes

no pátio, ruídos de alegria
tropeçando em vidro
fel a forçar a porta
será essa a única saída
pernas dissolvidas
na multidão dos delírios?



Em parceria com Paulo Ortiz (http://adiferencadofogo.blogspot.com.br/)




(09052012)

terça-feira, 5 de março de 2013

Unruhe


Dein verwirrender Blick durchquert mich
verirrt sich in Straßen
drinnen in mir
bergauf,
             bergab
und sofort
weit weg.
Südenwind meines Lebens
geflatterte Haare
Staub in den Augen

stürmische Zeiten, diese.


(15/08/2000)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Moradia Das Mariposas Esfaceladas

O corpo viajou para um lugar com paredes demais para um olho só
Ao alcance das mãos, brancos de correr nuvens e gabinetes
Tua mesa, suspensa entre os ombros e o pó, vacilou
Tuas dores evocam manchas de nanquim sobre papel de arroz
Na paisagem mais assustadora, apenas o rio e alguma fumaça

A nevralgia da tarde atravessa a semana e suas entranhas

Tenho a agulha embebida no fulgor das pupilas
Uma parede torta e interrompida me divide em cinzas
Quando as ruínas me fazem companhia com chá e pedra imensa
A memória se assenta azul nos longes de outono

Não há lugar melhor para abandonar os homens





Em parceria com Paulo Ortiz (http://adiferencadofogo.blogspot.com.br/)




(02062012 & 01082012)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Post Mortem


as chaves não chovem
sobre a cidade
reviro ruínas
erro como posso

o chapéu das cores
não me serve
a vida começa
pelas lâminas

desdobro o fogo
reviro o vento
danço vestida de chuva
arranco sóis da calçada

uma fúria de dentro
das ruas que percorro
abre os olhos
de todas as esquinas

uma semente inesperada
encima o muro
e o absurdo ensina
a tirar lírios dos fatos

é o murro na neblina
botão que agora me agarra
palmas frias
dias louros como aves

céu sem ondas
mar sem nuvens
dúvidas, dúvidas, dúvidas
ao sol refulgem

se eu duvido
duvido que eu saiba.






Em parceria com Paulo Ortiz (http://adiferencadofogo.blogspot.com.br/)

(10052012 & 28052012)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Derrubo as folhas da tarde


ao passar com as frias asas da ternura
desligo o enorme diamante de luz

espigas crescerão de repente de dentro da mão

repuxo as nuvens, preciso a sombra
há dois milímetros do abismo

carrinhos de bebê balançam
enquanto a terra e seus torrões perseveram

gasto meus olhos em vitrines baças
esbarro no trilho

eu vou me deixar para sempre
alagada além das margens

minúsculo pão que se suspende, vitorioso

sem leito, forma ou fome
eu navego


Em parceria com Paulo Ortiz (http://adiferencadofogo.blogspot.com.br/)


(18012013 & 31012013)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

da janela, o silêncio - videopoema



Poema de Wagner Miranda na voz de Jeanine Will
Música e vídeo de Marcelo Badari

 

Elipse - videopoema



Poema de Wagner Miranda na voz de Jeanine Will
Música e vídeo de Marcelo Badari


El libro teniendo lugar


Antiguo recuerdo


Nostalgia


La conquista de Silveria 

11 y 12 de octubre de 2012








Com Pol Villasusso e Hugo Angelelli
Fotos: Liv María

La conquista de Silveria 

11 y 12 de octubre de 2012



 Desenhos digitais - Hugo Angelelli 


Desenhos digitais - Jeanine Will


 

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