O corpo viajou para um lugar com paredes demais para um olho só
Ao alcance das mãos, brancos de correr nuvens e gabinetes
Tua mesa, suspensa entre os ombros e o pó, vacilou
Tuas dores evocam manchas de nanquim sobre papel de arroz
Na paisagem mais assustadora, apenas o rio e alguma fumaça
A nevralgia da tarde atravessa a semana e suas entranhas
Tenho a agulha embebida no fulgor das pupilas
Uma parede torta e interrompida me divide em cinzas
Quando as ruínas me fazem companhia com chá e pedra imensa
A memória se assenta azul nos longes de outono
Não há lugar melhor para abandonar os homens
Em parceria com Paulo Ortiz (http://adiferencadofogo.blogspot.com.br/)
(02062012 & 01082012)
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