quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Post Mortem
as chaves não chovem
sobre a cidade
reviro ruínas
erro como posso
o chapéu das cores
não me serve
a vida começa
pelas lâminas
desdobro o fogo
reviro o vento
danço vestida de chuva
arranco sóis da calçada
uma fúria de dentro
das ruas que percorro
abre os olhos
de todas as esquinas
uma semente inesperada
encima o muro
e o absurdo ensina
a tirar lírios dos fatos
é o murro na neblina
botão que agora me agarra
palmas frias
dias louros como aves
céu sem ondas
mar sem nuvens
dúvidas, dúvidas, dúvidas
ao sol refulgem
se eu duvido
duvido que eu saiba.
Em parceria com Paulo Ortiz (http://adiferencadofogo.blogspot.com.br/)
(10052012 & 28052012)
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2 comentários:
como sempre, a palavra precisa, pois se eu duvido/ duvido que eu saiba... Uau!
Ana E,
Só assim para cativar a leitora precisa! :)
Beijo e obrigada pela visita,
Jeanine.
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