quinta-feira, 14 de março de 2013

Soletrar o invisível

um silêncio pende do meu lábio
prestes a desabar
há uma delicada ruína lilás
horizonte adentro
e as minhas mãos
que te soltaram para sempre
se colam à aurora
na violência das redes

no pátio, ruídos de alegria
tropeçando em vidro
fel a forçar a porta
será essa a única saída
pernas dissolvidas
na multidão dos delírios?



Em parceria com Paulo Ortiz (http://adiferencadofogo.blogspot.com.br/)




(09052012)

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