quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Arte de modelar


Haz de la arcilla de mis manos aquello que buscas
con palabra dicha y suspiro firme
con la llave del sol de tu boca.

Que el corazón reviente a ritmo de tambora,
la luna lumbre del rojo de la noche
lejos de la mañana destemplada y sus garras.


En colaboración con Nacho Londoño


(26082013)

domingo, 25 de agosto de 2013

Dente a dente, a palavra roça a pedra



a lua se esfarela sob os olhos de saturno
deitando noite no ruído dos corpos
inscrevendo estrelas irreversíveis na ponta dos sonhos

a noite percute luzes nos vãos da pele
arrastando lábios recém-encontrados
e os dentes abrem véus nos sóis dos seios

a língua inscreve o sagrado pelas paredes
palavras de dente de um deus suicida
num diálogo de interrupções temporárias


Em parceria com Diogo Cardoso (http://rascunhoamaquina.blogspot.com.br/)


(30042013 & 23082013)

sábado, 3 de agosto de 2013

Tradução: Partidas



Partidas
 
los barcos parten a las cuatro
y estamos  
amor, en la margen  
del cuarto  
arrojando piedras  
en el espejo de agua  
para alterar nuestro reflejo  
para impedir que los ojos y la hiedra  
se apoderen  
de nuestro retrato  
y no dejar que jueguen  
el juego de los siete errores.  
Sin comparaciones
somos perfectos

 
(Tradução: Samuel López Suárez)


Partidas

os barcos partem às quatro
e nós ficamos
amor na margem
no quarto
atirando pedras
no espelho d'água
pra turvar nosso reflexo
pra impedir os olhos e a hera
de se apossarem
do nosso retrato
e não deixar que brinquem
o jogo dos 7 erros
sem comparações
somos perfeitos

Poema de Jeanine Will

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Rotinas


reviso o céu na poça d'água
as bordas de prédio fazem cócega na leveza das pombas
a multidão esbarra no intuito dos jardins
o vestido esvoaça na praça dos pensamentos mas desiste

um sonho enviesado cruza a semana
cruzamento da primeira avenida com tua secreta lágrima
o inesperado invade os silêncios sem paradas de emergência
quem parou no centro da cidade?

giro sobre os calcanhares da espera
um poste me consola
e uma sombra derruba sobre mim suas intermitências.





Em parceria com Paulo Ortiz
(http://adiferencadofogo.blogspot.com.br/)




(09072013)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

TRADUÇÃO


AO FINAL

Dos olhos dos poetas
saltam vermes que assustam os deuses,
as lágrimas atracam no fel da loucura
e o centro da terra escuta cada palavra.
O que é um poeta senão uma hidra
disposta a envenenar-nos o sonho banal
desse troço chamado vida?
 

Tradução: Jeanine Will




AL FINAL 


De los ojos de los poetas
saltan gusanos que asustan a los dioses,
las lágrimas atracan en la hiel de la locura
y el centro de la tierra escucha cada palabra.
¡Qué es un poeta sino una hidra
dispuesta a envenenarnos el sueño banal
de esto llamado vida?

(Poema de Samuel López Suárez)
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