domingo, 25 de agosto de 2013

Dente a dente, a palavra roça a pedra



a lua se esfarela sob os olhos de saturno
deitando noite no ruído dos corpos
inscrevendo estrelas irreversíveis na ponta dos sonhos

a noite percute luzes nos vãos da pele
arrastando lábios recém-encontrados
e os dentes abrem véus nos sóis dos seios

a língua inscreve o sagrado pelas paredes
palavras de dente de um deus suicida
num diálogo de interrupções temporárias


Em parceria com Diogo Cardoso (http://rascunhoamaquina.blogspot.com.br/)


(30042013 & 23082013)

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