terça-feira, 27 de outubro de 2015
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Fatos do fogo e da água
sou
um colapso esburacando a manhã
lembrando daquele dia de desconhecidos
posso
me achegar ao teu rosto
aprender as notas do teu riso cifrado
quero
acordar o octopus que sonha
incitar seu abraço e me perder na tinta do seu ataque
entrementes
atalhos coloridos na tua pele me desviam do caminho
teu olhar incendeia a minha seiva
e o trem do sonho não pára de percorrer os sentidos
“Crash into my arms.
I want you.” (Vince
Vinnus)
17012014 & 12102015
terça-feira, 6 de outubro de 2015
Atrás das coisas da tarde
há dez anos
desembrulho essa cidade
e agora você
se coloca na moldura dos olhos
não sei como
te dizer calmamente:
o batom dele
escorre na lateral da tua boca
pra onde foge essa cor de loucos?
deslizo par’alcançar
o escorpião com os dentes
olho pra você
com vontade de ver mais
tenho as mãos adormecidas
na tua pele
perduro nas
tuas barbas
onde os sonhos fazem acrobacias
debulho o teu sorriso
cifrado
para abrir espaço pras línguas
um afeto se faz
perguntas:
caberão os corpos na nossa estréia?
vasculho as
entrelinhas da tua fumaça
e me sobe um paraíso pela nuca:
tua voz se acende às três da manhã
09102014 & 05102015
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Leitura das águas
duas noites se encontram numa parede sem estrelas
e a pálpebra
amanhece rabiscada
os muros se sucedem no ofício desmontando trípticos
e com rumores inaudíveis
as peles se pedem
o sonho se revolve em busca da tua folha
preciso um novo
alfabeto para alcançar tua boca
num lugar do teu braço direito
entre o que penso
e vejo
entre risos e
estações trocadas
o meu ombro se demora
23042012 &
04102015
Assinar:
Postagens (Atom)