terça-feira, 9 de outubro de 2007

Pequenos funerais

à luz desamparada dos dias
morrem manhãs silenciosas e tardes de sol

morrem estrelas e pequenas ondas
fundidas à desolação noturna

morrem folhas, ponteiros e calendários
à sombra da tua inércia

morrem células, sonhos e vozes
na várzea constante e viscosa das tuas omissões

morrem esperanças, expectativas e aplausos
cansados da mesma ausência

(inédito, 13122006)

¯- Pink Floyd - high hopes

7 comentários:

Anônimo disse...

Jeanine,

Um aplauso para o teu poema. Poema bel�ssimo, encantat�rio. A qualidade dele � a de poema de uma poetisa, poeta?, que conquista gradualmente o status de poeta pra valer, aquele que escreve com dom�nio dos recursos de linguagem e que nos revela os segredos da vida.
Jo�o Ribeiro

Jeanine Will disse...

João,
da primeira vez que li tua mensagem, entendi "escreve com os demônios dos recursos de linguagem." Não deixam de sê-los, não é?
Um mesura e um hurra,
Jeanine.

Anônimo disse...

Jeanine, que lindo.
Amei.
Saudades.
Beijos

Wellington Felix disse...

voce surpreende em cada linha,
lindo poema

Anônimo disse...

Voce esta numa fase!
EXCELENTE
eu diria crescente
ou sereia cheia...
SÓ SEI QUE É LUA

Wellington Felix disse...

em meio ao paraiso
linhas do tempo
costuram lembranças
em meio ao inferno
linhas do tempo
estrangulam marionetes

Jeanine Will disse...

Didi,
obrigada pela visita.
Saudades também.
Um beijo,
Jeanine.

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