num curto espaço
nos encontramos
ao longo do vento
nos adivinhamos
em sílabas ainda
o mundo soletrado
com calma e cuidado
mas a haste do
tempo entorta
e nos percebemos
frágeis
seres de mãos duras
demais
o mundo gira torto
em torno do meu
pescoço
no meu corpo, no
seu corpo: arestas
e agora esse silêncio
que não presta